Cancro da mama: sintomas, causas e tratamento

O cancro da mama é uma das doenças mais preocupantes para a mulher. Saiba os principais sintomas e quais os tratamentos.

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O cancro da mama é uma das doenças mais preocupantes para a mulher. Saiba a que sintomas deve dar atenção e quais os tratamentos disponíveis.

O cancro da mama é um dos mais comuns entre as mulheres: em Portugal, constitui a segunda causa de morte por cancro. No nosso país, são detetados anualmente cerca de 7.000 novos casos, e 1.800 mulheres são vitimas desta doença que também afeta os homens mas numa proporção inferior (cerca de 1%). Descubra os principais sintomas e como pode ser tratado.


O que é o cancro da cama?

O cancro da mama ocorre quando células mamárias sofrem alterações e proliferam de forma descontrolada, formando uma massa chamada tumor.

Esta multiplicação de novas e desnecessárias células invade as fronteiras dos órgãos e dissemina-se a outras partes do corpo; primeiro, os órgãos mais próximos e, com o tempo, atinge os mais distantes, originando aquilo a que se chama metáteses.


Quais são os sintomas do cancro da mama?

Existem alguns sinais que podem indicar a presença de cancro da mama e que, por isso, é necessário dar uma especial atenção. São estes os principais sinais de alarme:

  • Qualquer alteração do aspeto, da forma ou da palpação da mama.
  • Nódulos ou espessamentos na mama ou nas axilas.
  • Sensibilidade aumentada no mamilo.
  • Retração recente do mamilo.
  • Pele da mama, aréola ou mamilo alterada (por exemplo, aspeto escamoso,
  • vermelha ou inchada).
  • Corrimento mamilar recente.
  • Dor ou desconforto mamários persistentes.

Se detetar pelo menos um destes sinais, deve consultar rapidamente o seu médico.


Quem está em risco de desenvolver cancro da mama?

Apesar de não ser conhecida uma causa específica para o cancro da mama, a investigação clínica identifica vários fatores que podem precipitar esta condição, alguns dos quais podem ser evitados.

As mulheres com mais de 60 anos, principalmente se tiverem um histórico pessoal ou familiar de cancro da mama, têm um maior risco de incidência.

Quem nunca teve tido filhos, ou teve o primeiro depois dos 31 anos, também. O mesmo acontece se a primeira menstruação tiver chegado antes dos 12 anos, ou em situações de menopausa tardia.

O sedentarismo, a obesidade, sobretudo após a menopausa, e o consumo de álcool são outros fatores que contribuem para o surgimento da doença.


Como é feito o diagnóstico do cancro da mama?

O médico deverá obter dados sobre a sua história clínica e familiar, proceder à observação e pedir vários exames para estabelecer um diagnóstico. Estes são os exames mais comuns.

Exame Clínico da Mama

O médico efetua a palpação em diferentes posições, procurando a possível presença de nódulos ou outros problemas. Em regra, os nódulos macios, redondos e que se movem facilmente são benignos. Os nódulos duros, com forma irregular e fixos podem ser mais graves. Contudo, são necessários exames de diagnóstico complementar.

Mamografia de Diagnóstico

A mamografia de diagnóstico permite investigar um sintoma suspeito e confirmar o diagnóstico. Este exame é efetuado com base em imagens de raio-X, sendo possível obter uma visualização mais clara e detalhada das áreas de interesse.

Ecografia (ultrassonografia)

A ecografia recorre a ondas de som de alta-frequência para avaliar se um nódulo é cancerígeno. Assim, aumenta a capacidade de deteção de lesões suspeitas, indicando maior ou menor probabilidade de malignidade, sendo um importante complemento imagiológico à mamografia.

Ressonância Magnética

A ressonância magnética recorre à criação de campos magnéticos para obter imagens detalhadas dos tecidos da mama. Pode ser especialmente útil em determinadas situações, quando, por exemplo, os resultados de outras técnicas de imagem não são conclusivos. Também pode ser usada para avaliar a resposta do tumor ao tratamento.

Biópsia

A biópsia consiste na extração de parte do tecido ou líquido da mama, sempre que há suspeita de cancro e antes de ser iniciado qualquer tipo de tratamento. Geralmente, esta extração é efetuada com uma agulha guiada por ecografia.


Porque é importante fazer o rastreio do cancro da mama?

É muito importante fazer exames de rastreio de forma periódica, mesmo se não apresentar qualquer sinal ou sintoma. Desta forma, estará a ajudar os médicos a detetar e a tratar o cancro. Se sinalizado de forma precoce, a taxa de sucesso do tratamento situa-se na ordem dos 95%.

Assim, não espere pelos sintomas e fale com o seu médico de família. Pergunte quais os exames específicos que deve fazer, e qual a periodicidade recomendada.

Em regra, é recomendado que as mulheres após os 40 anos façam uma mamografia anualmente, ou de dois em dois anos. Este exame permite descobrir tumores muito pequenos, muitas vezes não palpáveis. O rastreio permite a deteção precoce, aumenta a eficácia dos tratamentos, aumenta a esperança de vida e, em muito casos, a cura total.


Que tipos de tratamentos do cancro da mama existem?

Existem várias opções de tratamento para o cancro da mama, que podem ser aplicados em combinação conforme a especificidade de cada caso clínico.

Cirurgia

A cirurgia é o tratamento mais comum para o cancro da mama. Existem dois tipos de cirurgia, que podem ser recomendados de acordo com o estádio da doença.

Cirurgia Conservadora
Neste tipo de cirurgia, é removido o tumor e tecido circundante, preservando o máximo possível da mama. Poderá ser necessário remover também os gânglios linfáticos axilares, para verificar se as células cancerígenas já atingiram o sistema linfático.
Depois de uma cirurgia conservadora, pode ser necessária radioterapia na mama operada, para garantir a destruição de qualquer célula que possa ter ficado depois da cirurgia.

Mastectomia
Na mastectomia, toda a mama é removida e, após a cirurgia, também poderá ser recomendado fazer radioterapia. As pacientes poderão fazer reconstrução mamária imediata ou posterior.
A remoção da mama causa alguma dor a curto prazo e sensibilidade aumentada na área. Pode também sentir alguma dormência, comichão ou secura. Em regra, estas sensações tendem a desaparecer, e o seu médico recomendará alguns procedimentos para solucionar estes problemas.

Quimioterapia

A quimioterapia para o cancro da mama envolve, geralmente, uma associação de diferentes fármacos para combater e eliminar as células cancerígenas. O tratamento pode ser administrado por via oral, sob a forma de comprimidos, ou por via intravenosa. Em ambos casos, a ação do tratamento é sistémica, na medida em que os fármacos não incidem apenas no tumor, mas circulam por todo o organismo.

Este tratamento pode provocar alguns efeitos secundários, como queda de cabelo, maior propensão a sofrer hematomas, falta de apetite, náuseas e vómitos. Os efeitos são reversíveis e podem ser geridos com a ajuda de medicamentos específicos.

Radioterapia

A radioterapia pode ser externa ou interna, sendo que o paciente pode recorrer a um tipo ou a ambos. A radioterapia externa consiste na utilização de radiações provenientes de um equipamento que visa eliminar as células cancerígenas. Por outro lado, a radioterapia interna é efetuada com recurso a tubos finos de plástico, que são implantados diretamente na mama e aí permanecem durante vários dias.

Este tratamento pode provocar cansaço e algumas alterações na pele da mama (como, por exemplo, tornar-se avermelhada, seca ou sensível). Estes problemas são reversíveis, sendo aconselhada a exposição da área ao ar tanto quanto possível, sendo de evitar a utilização de roupa que exerça pressão sobre a pele, como soutiens e outro tipo de vestuário mais apertado.

Hormonoterapia

A terapêutica hormonal tem como objetivo impedir que as células cancerígenas se alimentem das hormonas naturais do organismo. Se os exames prévios demonstrarem a existência de células cancerígenas com recetores hormonais, esta terapêutica poderá ser recomendada. São administrados fármacos que bloqueiam os recetores hormonais e, para além disso, o médico poderá indicar a remoção dos ovários para interromper a produção hormonal.

A terapêutica hormonal pode não apresentar efeitos secundários, mas, conforme o tipo de fármacos apresentados, as mulheres podem apresentar alguns sintomas da menopausa, como período menstrual irregular, afrontamentos ou secura vaginal. Se os ovários forem removidos, estes sinais são intensificados. Existem, contudo, alguns métodos que podem aliviar estes efeitos, que devem ser prescritos pelo médico.

Vigilância e seguimento

A vigilância e o seguimento da mulher que teve cancro da mama é muito importante. O médico deverá aconselhar o tipo e a frequência de exames. O cancro da mama poderá reaparecer após o tratamento, quer no mesmo local ou em outras partes do organismo, cabendo ao médico prescrever o melhor esquema terapêutico para cada caso.


De que dependem as opções de tratamento do cancro da mama?

As opções de tratamento do cancro da mama dependem, sobretudo, da fase da doença. O estadiamento classifica o cancro da mama em função da extensão do tumor, ou seja, da sua evolução e gravidade.

Estadio 0

O cancro da mama em estadio 0 encontra-se num estado muito inicial, não é invasivo e está circunscrito a uma localização. Normalmente, o tratamento é feito com cirurgia conservadora, seguida de radioterapia, sendo recomendados exames regulares para detetar sinais adicionais de cancro da mama.

Estadio I

Neste estadio, o cancro da mama tem uma dimensão reduzida, geralmente inferior a 2 cm, podendo estar microscopicamente presente na axila. O tratamento pode incluir cirurgia e radioterapia, com remoção dos gânglios linfáticos axilares comprometidos.

Estadio II

O cancro da mama tem agora um tamanho superior a 2 cm, mas a presença na axila continua a ser microscópica. As opções de tratamento são semelhantes ao estadio anterior, dependendo também da dimensão do tumor e do tipo de células encontradas.

Estadio III

Neste estadio, o cancro da mama apresenta agora um tamanho superior a 5 cm e a presença nas axilas já é detetada por palpação. Geralmente, é indicada a quimioterapia para reduzir o tumor, de forma que seja possível fazer uma cirurgia conservadora. Pode ser também recomendada terapêutica adjuvante, para eliminar quaisquer células cancerígenas que tenham permanecido.

Estadio IV

O cancro da mama encontra-se num estado já avançado, tendo metastizado para outros órgãos e sistemas. O tratamento recomendado poderá ser uma combinação dos vários procedimentos anteriormente descritos, sendo escassa a probabilidade de cura. O objetivo é controlar os sintomas, atrasar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.


Joaquim Chaves Saúde, consigo no combate ao cancro da mama

Não espere por sinais e sintomas: mantenha os exames de rastreio do cancro da mama em dia. Além disso, se notar alguma alteração na mama ou se tiver um resultado alterado num exame, procure ajuda médica.

A Joaquim Chaves Saúde disponibiliza a Consulta de Cirurgia Oncológica da Mama, onde poderá contar com um acompanhamento personalizado e equipas especializadas. Desde a prevenção, passando pelo diagnóstico e tratamento, confie a sua saúde a mãos competentes e experientes. Marque já a sua consulta.

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