A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns. Descubra o que é, quais os sintomas que não deve ignorar e como tratar.
Estima-se que a depressão afete cerca de 19% da população mundial, o que significa que, aproximadamente, uma em cada cinco pessoas no mundo sofre com esta doença em algum momento da sua vida. Descubra o que é a depressão, quais os sinais de alerta e como tratar.
Depressão: o que é?
A depressão é uma perturbação do humor caracterizada por sentimentos de angústia e tristeza profunda. O termo deriva do latim deprimere, que significa “prensar, esmagar, afundar”, o que traduz o aperto sentido pela pessoa em depressão.
Esta patologia pode passar despercebida, uma vez que os sintomas podem ser facilmente atribuídos a outras causas. É normal que todas as pessoas possam sentir tristeza em vários momentos de vida, na consequência de perdas importantes ou por incapacidade de gerir emoções. Contudo, estamos perante uma depressão quando esses sentimentos são desproporcionais em relação ao acontecimento que lhes deu origem, quando persistem no tempo e interferem de forma significativa nas atividades do dia a dia.
Quando não tratada, a depressão pode tornar-se numa espiral de angústia grave, sendo que o paciente pode não ver outra saída que não o suicídio. Os números são preocupantes: de acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde, estima-se que mais de 700.000 pessoas, por ano, se suicidem em todo o mundo. Além disso, por cada suicídio cometido, é provável que outras 20 pessoas façam uma tentativa de suicídio e muitas mais pensem em fazê-lo.
Quais são os sintomas de depressão?
Geralmente, os sintomas da depressão, têm um início gradual, ao longo de dias ou semanas, e podem variar bastante. Aliás, a pessoa com depressão pode até não sentir tristeza, apesar de este ser um dos sinais de depressão mais comuns. Os sintomas da depressão podem incluir:
- Diminuição da energia, fadiga e lentidão;
- Isolamento;
- Irritabilidade ou ansiedade;
- Alterações da concentração, memória e raciocínio;
- Perda de interesse em atividades previamente sentidas como prazerosas;
- Sentimentos de culpa ou autodestrutivos;
- Desespero, solidão e inutilidade;
- Perturbações do sono ou do desejo sexual;
- Perturbações do apetite (comer pouco ou em excesso);
- Negligência da higiene pessoal;
- Automutilação;
- Perda do apego pela vida, pensamentos recorrentes sobre a morte ou suicídio.
A grande variabilidade sintomática da depressão dificulta e atrasa o diagnóstico, dado que os sinais físicos inespecíficos podem remeter para doenças diferentes. As formas mais ligeiras de depressão permitem que o indivíduo continue a desempenhar as suas atividades diárias, mantendo-se, contudo, a sensação de tristeza e desinteresse durante anos. Nas formas mais graves, a depressão é incapacitante, afetando de forma significativa a produtividade escolar ou laboral, bem como a disponibilidade pessoal, familiar e social.
O que pode causar a depressão?
A causa exata da depressão não é bem clara, mas, de um modo geral, resulta de uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Algumas das possíveis causas podem incluir:
- Fatores genéticos, que podem afetar o funcionamento de neurotransmissores (como a serotonina, dopamina ou noradrenalina);
- Alterações hormonais (ocorridas, por exemplo, na gravidez ou por consequência do funcionamento anormal da tiroide);
- Acontecimentos traumáticos de vida, especialmente os que envolvem perdas significativas ou diagnóstico de doenças graves;
- Efeitos secundários de determinados medicamentos, como betabloqueadores para a hipertensão arterial.
Contudo, é importante referir que a depressão pode surgir ou agravar-se sem qualquer motivo aparente ou significativo.
Como curar a depressão?
Mesmo nos casos mais graves, a maioria das pessoas com depressão apresenta melhorias significativas quando tratadas com uma combinação de farmacoterapia (Psiquiatria) e psicoterapia (Psicologia). Estes tratamentos devem ser prolongados durante um período de tempo significativo para que sejam eficazes. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, mais eficiente será.
Farmacoterapia para depressão
A Farmacoterapia para depressão inclui, em regra, antidepressivos e, em casos de perturbações recorrentes ou persistentes, poderá prolongar-se durante meses ou anos. A ação medicamentosa corrige a transmissão neuro-química em áreas do sistema nervoso, que regulam o estado do humor. Dado que existem grupos farmacológicos distintos, com diferentes mecanismos de atuação no cérebro, cabe ao psiquiatra prescrever os medicamentos mais adequados para cada caso.
Quando a medicação antidepressiva é interrompida precocemente, ocorrem recidivas graves, mesmo depois de o paciente ter conseguido melhorias iniciais. Assim, a adesão ao tratamento é fundamental para evitar recaídas.
Psicoterapia para depressão
A Psicoterapia é essencial para tratar a depressão, tendo como objetivo trabalhar as causas emocionais que desencadearam a patologia. A Psicoterapia decorre em várias sessões com um psicólogo, onde o paciente é incentivado a refletir sobre a raiz das suas angústias e a exercitar o autoconhecimento de maneira profunda.
Existem vários tipos de Psicoterapia, como a Terapia Cognitivo Comportamental ou Psicoterapia Psicodinâmica, sendo que cabe ao profissional especializado avaliar qual a melhor abordagem para as necessidades do paciente. O trabalho é de médio ou longo prazo, podendo durar meses ou anos, até que a pessoa com depressão possa retomar, gradualmente, as suas responsabilidades e adaptar-se às pressões normais da vida.
Hospitalização
A hospitalização pode vir a ser indicada quando a pessoa com depressão já considerou ou tentou cometer suicídio, se estiver fisicamente debilitada por perda de peso ou em caso de problemas cardíacos, decorrentes de agitação severa. Pode existir, também, indicação para o internamento, se for necessário afastar o paciente dos gatilhos da sua depressão, mantendo assim a pessoa num ambiente favorável à sua recuperação e reabilitação mental.
Joaquim Chaves Saúde, ao seu lado no combater à depressão
Quando os sintomas não são devidamente reconhecidos e tratados, a depressão pode prolongar-se e agravar. O prognóstico da depressão depende, essencialmente, da combinação terapêutica instituída e da adesão ao tratamento. O suicídio é uma possibilidade que não deve ser esquecida e a ajuda especializada é essencial para diminuir esse risco.
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