Em Portugal, as doenças cardiovasculares são responsáveis por quase um terço das mortes. Dentro deste grupo, as arritmias cardíacas são uma das causas mais comuns e subdiagnosticadas. Acresce que se estima que 40% dos portugueses não sabem reconhecer sintomas associados a estas doenças, o que aumenta o risco de diagnósticos tardios e complicações graves.
Os detetores de eventos cardíacos podem permitir salvar vidas, ao detetar alterações que muitas vezes passam despercebidas, especialmente em casos assintomáticos. Descubra como funcionam, por que são essenciais para um diagnóstico precoce e como podem salvar vidas.
O que são detetores de eventos cardíacos?
Os detetores de eventos são dispositivos médicos avançados, projetados para monitorizar o ritmo cardíaco, durante um período prolongado. O objetivo é identificar irregularidades, que muitas vezes escapam aos exames convencionais.
Ao contrário dos eletrocardiogramas (ECG) realizados numa consulta, que registam apenas alguns segundos de atividade, estes dispositivos oferecem uma janela mais ampla. Conseguem registar eventos intermitentes ou raros, que podem ocorrer ao longo de semanas, meses ou até anos. São especialmente úteis para pacientes que apresentam sintomas episódicos, como palpitações ou desmaios, mas cujas causas permanecem difíceis de diagnosticar em avaliações de curto prazo.
Para que servem os detentores de eventos em Cardiologia?
Os detetores de eventos servem para diagnosticar, monitorizar e acompanhar condições relacionadas com o ritmo cardíaco. A sua principal função é registar episódios de arritmias ou outras anomalias, que podem ser intermitentes e difíceis de identificar em exames médicos de curta duração.
São especialmente úteis para pacientes que apresentam sintomas de problemas no coração, como palpitações, tonturas, desmaios ou sensação de batimentos cardíacos irregulares, (como taquicardia sinusal), mas cuja origem não é facilmente detetável. Estes dispositivos ajudam a estabelecer uma ligação clara entre os sintomas relatados pelo paciente e as alterações cardíacas, o que permite aos médicos tomar decisões clínicas mais informadas.
Em casos mais graves de insuficiência cardíaca, podem até alertar para situações de risco e possibilitar uma intervenção médica atempada – em última análise, salvar vidas.