A mamografia é uma das principais ferramentas para prevenir o cancro da mama. Descubra tudo sobre este exame, que pode salvar vidas.
Em Portugal, surgem 7 mil novos casos de cancro da mama todos os anos. A mamografia permite fazer o diagnóstico precoce e salvar vidas. Descubra como é feito, quando deve fazer e quais os cuidados a ter.
O que é a mamografia?
A mamografia é um exame de imagem que usa radiação raio X de baixa dosagem, para analisar o tecido mamário. A radiação utilizada é reduzida e não tem efeitos secundários conhecidos.
Este exame é realizado com um aparelho denominado mamógrafo, que deteta alterações na mama, como nódulos ou agrupamentos de microcalcificações. Através da mamografia, é possível identificar e distinguir várias patologias, incluindo tumores benignos e malignos, com grande precocidade e precisão.
Para que serve a mamografia?
A mamografia é um exame que pode ser usado como rastreio do cancro da mama, sempre em conjunto com a ecografia mamária. Isto significa que permite detetar o cancro da mama ainda antes da mulher ou do médico identificarem qualquer alteração na palpação mamária. Quando efetuada com a regularidade recomendada, permite uma redução significativa da mortalidade e também o tratamento curativo do cancro de mama.
Assim, a mamografia é uma das ferramentas essenciais no combate ao cancro mamário, sendo decisiva para o seu diagnóstico precoce, permitindo a cura de uma percentagem elevada de casos. Por isso, em conjunto com o seu médico, a mulher deve assumir um papel proativo a nível da prevenção, integrando a mamografia na sua rotina de vigilância.
Também é possível fazer mamografia fora do rastreio, se surgir alguma suspeita na palpação mamária ou noutros exames efetuados.
Quando fazer uma mamografia?
Dado que o objetivo da mamografia é fazer o rastreio do cancro da mama, este exame deve ser realizado mesmo que não existam sintomas. As recomendações da Direção-Geral da Saúde para a vigilância deste tipo de cancro são as seguintes:
- A partir dos 20 anos: autoexame mamário mensal, após o período menstrual;
- A partir dos 35 anos: mamografia de 18 em 18 meses;
- Depois da menopausa: mamografia de 24 em 24 meses.
O médico poderá reajustar estes períodos, em função da existência de fatores de risco pessoais ou familiares. Não é recomendada a realização de mamografia nos homens. Contudo, como estes também podem desenvolver cancro na mama, devem efetuar este exame na presença de sintomas, como, por exemplo, o aparecimento de um nódulo.
Como é feita a mamografia?
A realização de uma mamografia é precedida por uma entrevista, onde o técnico explica o procedimento e responde a eventuais dúvidas. De seguida, ser-lhe-á pedido que se encoste ao equipamento, para que o técnico possa posicionar devidamente a mama. O equipamento comprime, horizontal e verticalmente, cada mama, o que pode gerar algum desconforto. Contudo, a compressão é absolutamente necessária para obter uma imagem de qualidade e conclusiva. Caso contrário, o tecido mamário pode sobrepor-se e prejudicar o resultado do exame.
No entanto, e de acordo com as normas internacionais, o rastreio do cancro de mama inclui, obrigatoriamente, a ecografia mamária, o que aumenta a precisão do rastreio, identificando uma maior percentagem de tumores.
Quando a mama é mais densa, as alterações podem ser mais difíceis de identificar. Na presença de sinais suspeitos, pode estar indicada a realização de uma biópsia mamária, preferencialmente no próprio dia. Desta forma é reduzido o tempo de espera pelo diagnóstico, que causa ansiedade. O diagnóstico precoce permite, também, iniciar o tratamento mais rapidamente e garantir, assim, os melhores resultados. A biópsia é realizada com anestesia local, com o objetivo de recolher amostras da lesão mamária. As amostras são analisadas no laboratório, sendo feito o diagnóstico definitivo, sem o qual não deve ser feito nenhum tratamento.
Que tipos de mamografia existem?
Geralmente, a mamografia é realizada em cada mama (mamografia bilateral), mas também pode ser efetuada apenas numa das mamas (mamografia unilateral). É o que acontece, por exemplo, quando é necessário avaliar doentes mastectomizados ou quando se pretende uma incidência complementar, para melhorar a sensibilidade do diagnóstico. Além disso, existem dois tipos de mamografia, que passamos a descrever.
Mamografia digital
A mamografia digital obtém imagens da mama, de uma forma semelhante às máquinas de fotografia digitais. Neste método, o técnico pode trabalhar a imagem digital, no sentido de obter a melhor visualização possível, ampliando detalhes ou alterando características, como o brilho e o contraste. Além disso, o próprio computador ajuda a pesquisar áreas de densidade anormal, massas ou calcificações, que possam sinalizar a presença de cancro.
Mamografia 3D
A mamografia 3D, também conhecida por tomossíntese mamária, representa uma evolução tecnológica importante em Radiologia. Através deste método, é possível captar vários planos diferentes da mama, de modo a formar uma imagem final a três dimensões. Por este motivo, a leitura é mais completa e a precisão no diagnóstico é superior. Este método de mamografia é cada vez mais utilizado como exame de rastreio.
Quais os riscos da mamografia?
A mamografia não representa qualquer risco para a mulher. A dose de radiação usada é mínima, superando em larga medida os riscos associados. Contudo, e dependendo da sensibilidade individual, o exame pode ser desconfortável, devido à compressão mamária, mas quando realizada por técnicos competentes e experientes, não causa dor.
Quais os cuidados a ter, antes de fazer uma mamografia?
Não é necessário fazer qualquer preparação prévia ao exame. Contudo, existem alguns fatores importantes a ter em conta, para que o exame decorra da forma mais tranquila possível. Em primeiro lugar, não faça a mamografia se estiver menstruada e se sentir maior tensão mamária neste período. Idealmente, a mamografia deve ser programada para a semana seguinte ao período menstrual. O mesmo se aplica se estiver em fase pré-menopausa, com maior sensibilidade à dor.
No momento do exame, deverá ter consigo a prescrição médica, bem como os exames de rastreio anteriores (mamografia e ecografia mamária), independentemente da data ou do local de realização.
Deve informar o técnico de qualquer alteração que tenha notado na sua mama, se realizou alguma cirurgia anteriormente, se fez ou está a fazer terapia hormonal e se tem antecedentes pessoais ou familiares de cancro da mama.
De seguida, pode ser-lhe pedido para retirar alguma peça de roupa e acessórios, que interfiram com a aquisição das imagens, como brincos, anéis, colares ou pulseiras. Deve manter-se o mais tranquila possível e seguir as instruções do técnico, para que o exame seja rápido e eficaz. É importante lembrar que, por utilizar radiações ionizantes, a mamografia não pode ser efetuada em mulheres grávidas. Se existir a possibilidade de estar grávida, deve alertar o médico.
Resultados Mamografia: quais os possíveis?
Após a realização da mamografia, os resultados são interpretados e classificados. A classificação usada é definida pelo ACR (American College of Radiology) e denomina-se BI RADS (Breast Imaging Reporting and Data System).
- BI-RADS 0. Este resultado significa que será necessário realizar uma mamografia adicional, porque o exame foi inconclusivo.
- BI-RADS 1. Resultado normal.
- BI-RADS 2. Detetadas alterações benignas, não suspeitas.
- BI-RADS 3. Detetadas alterações benignas, que precisam de ser reavaliadas.
- BI-RADS 4 e 5. Necessidade de avaliação complementar por biópsia.
- BI-RADS 6. Lesão já diagnosticada como cancro da mama, implica sempre resultado de biopsia.
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