Obesidade: 5 sinais de alerta que não deve ignorar
Conhecer e estar atento aos sinais de alerta é fundamental para implementar intervenções preventivas. Aqui estão alguns sinais que podem indicar um maior risco de desenvolver obesidade.
1. Histórico familiar
Se existem casos de obesidade na família, especialmente em pais e irmãos, pode haver uma predisposição genética. Isto porque certos genes podem estar associados a um metabolismo mais lento, maior propensão ao ganho de gordura e dificuldade em perder peso.
Além disso, os hábitos alimentares e o estilo de vida são, muitas vezes, partilhados entre membros da mesma família e transmitidos para as gerações seguintes. Se a família tem padrões de alimentação não saudáveis e um estilo de vida sedentário, todos os membros poderão estar em risco pela aprendizagem e modelagem comportamental. Tomar consciência deste histórico familiar é um passo importante para começar a adotar ações preventivas.
2. Estilo de vida sedentário
Um estilo de vida sedentário refere-se a um padrão de comportamento em que uma pessoa tem pouca ou nenhuma atividade física regular. Trabalhos que exigem longos períodos sentados podem contribuir para a doença, e levar a uma redução no gasto calórico. Ainda que a falta de tempo possa ser uma barreira para praticar atividade física regular, pequenas mudanças na rotina diária podem fazer a diferença.
3. Hábitos alimentares não saudáveis
Os hábitos alimentares não saudáveis têm um grande impacto no desenvolvimento da obesidade, e muitas vezes as pessoas não têm consciência de que a sua alimentação não é saudável. É muito comum o consumo diário de alimentos hiperpalatáveis, extremamente ricos em açúcar e gordura, mas pobres em nutrientes essenciais. O resultado é o ganho de peso e aumento do risco de doenças cardíacas.
Além disso, saltar refeições ou seguir horários irregulares pode levar a escolhas alimentares impulsivas, muitas vezes não as mais nutritivas, resultando numa ingestão desequilibrada de nutrientes. Por outro lado, a comida pode também ser usada como uma forma de lidar com o stress, tristeza ou outras emoções, fazendo com que as pessoas ingiram mais do que necessário. O aconselhamento de um nutricionista é valioso para adquirir maior consciência alimentar e melhorar os hábitos de consumo.
4. Alterações hormonais
Algumas alterações hormonais podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento da obesidade. As hormonas participam na regulação do metabolismo, do apetite e do armazenamento de gordura e, quando alteradas, podem comprometer o peso corporal.
Por exemplo, a resistência à insulina pode conduzir à acumulação de glicose no sangue, aumento do apetite e armazenamento de gordura, contribuindo para a obesidade. Também a resistência à leptina pode ter um papel importante, na medida em que o corpo é menos capaz de perceber a saciedade, o que pode conduzir à ingestão excessiva de alimentos. Da mesma forma, o hipotiroidismo está associado à diminuição do metabolismo, o que pode levar ao ganho de peso. Consulte o seu médico para lidar com o impacto que as hormonas exercem no peso corporal.
5. Sono insuficiente
A falta de sono ou padrões de sono irregulares podem interferir nas hormonas que regulam a fome e o apetite, contribuindo para a obesidade. A leptina, que suprime o apetite, é reduzida quando há falta de sono, enquanto a grelina, que estimula o apetite, aumenta, o que pode levar a um aumento na ingestão de alimentos.
Além disso, a privação do sono está associada a um aumento de desejo por alimentos ricos em calorias, açúcares e gorduras. As escolhas alimentares podem desviar-se para opções menos saudáveis quando as pessoas não dormem o suficiente, ou quando estão cansadas ou em stress. Sem esquecer que a privação de sono faz com que haja maior perda de massa muscular e menor perda de gordura.