Obesidade: O que é quais as causas e como tratar

A obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças graves. Saiba o que é, as suas causas e como tratar.

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Com uma elevada incidência em Portugal, a obesidade é uma das principais causas de morte prematura. Saiba o que é e como pode ser prevenida.

A prevalência da obesidade, no mundo, mais do que duplicou desde 1980: 39% da população mundial tem excesso de peso ou obesidade e, em Portugal, esta percentagem sobe para 42%. Mas, apesar da incidência elevada, as consequências deste flagelo são ainda pouco valorizadas. Por isso, está na altura de lançar um outro olhar sobre este grave problema de saúde pública. Descubra o que é a obesidade e o que pode fazer para a prevenir.


O que é a obesidade?

A obesidade é uma doença crónica grave de proporções epidémicas e globais, definida como uma acumulação anormal ou excessiva de gordura. De uma forma simples, ocorre quando a quantidade de calorias ingerida é superior à quantidade despendida pelo organismo para a sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Não é apenas um problema estético - compromete a saúde, aumenta o risco de complicações a longo prazo e reduz a esperança de vida.

A obesidade é uma das doenças mais prevalentes e menos diagnosticadas da atualidade. É também um fator de risco para muitas outras doenças.


Quais são as principais causas da obesidade?

A obesidade é uma doença crónica multifatorial e está, sobretudo, associada a uma alimentação inadequada e ao sedentarismo. Existem, contudo, outros fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade.

Alimentação

Um elevado consumo de alimentos calóricos é uma causa importante do desequilíbrio energético do organismo, levando ao aumento de peso e obesidade. As calorias nutricionalmente “vazias”, baseadas no consumo de fast food, doces e bebidas de alto teor calórico são práticas a evitar. A falta de hábitos saudáveis, como a não inclusão de frutas, vegetais e leguminosas na dieta diária, de acordo com as proporções adequadas, criam um cenário propício para o ganho de peso.

Sedentarismo

Um estilo de vida sedentário aumenta significativamente o risco de obesidade. Hoje em dia, a sociedade encontra-se configurada para um menor nível de atividade física. É necessário, portanto, encontrar formas de combater a passividade diária, de modo a aumentar o gasto de energia calórica.

Patologias

A obesidade pode ser uma doença secundária a outras condições clínicas, como, por exemplo Síndrome de Cushing, Hipotiroidismo ou Diabetes. As alterações hormonais também podem estar na origem da obesidade, apesar de raramente constituírem uma causa exclusiva. Além disso, os problemas médicos que limitem a mobilidade, como a artrite, também podem levar ao ganho de peso, pela diminuição da atividade que implicam.

Medicação

Alguns medicamentos podem provocar aumento de peso como efeito secundário, como, por exemplo, alguns antidepressivos, corticoides, anticoncetivos, medicação para diabetes, antipsicóticos, esteroides e betabloqueadores – alguns por ação direta, outros por induzirem uma menor sensação de saciedade.

Genética

O histórico genético do organismo contribui, em cerca de 25 a 40%, para o desenvolvimento da obesidade. Pode determinar os gastos energéticos do organismo, o apetite ou a forma como o corpo processa os nutrientes. Contudo, a explicação da obesidade não deve ser reduzida à herança genética. A obesidade resulta da interação de múltiplos genes, fatores ambientais e fatores comportamentais.

Fatores psicológicos

Uma gestão emocional inadequada, baixa autoestima, ansiedade ou depressão podem abrir caminho para distúrbios alimentares. Neste caso, os alimentos constituem um escape emocional (em vez de uma forma de fornecer ao corpo os nutrientes que ele precisa), sendo muitas vezes ingeridos de forma intensa e descontrolada.


Como saber se está em risco de obesidade?

As três principais medidas para avaliar a obesidade são o IMC (Índice de Massa Corporal), o perímetro abdominal e a composição corporal.

Índice de Massa Corporal

O IMC é obtido pela divisão do peso pela altura ao quadrado. Por exemplo, para uma pessoa com 70 kg e 1,68 de altura, o IMC é 70/(1,68 x 1,68) = 24,8. Em função do valor obtido, podemos classificar o peso da seguinte forma:

  • Baixo peso - IMC < 18,5
  • Peso normal - IMC 18,5 - 24,9
  • Excesso de peso - IMC 25 - 29,9
  • Obesidade - IMC >30
  • Obesidade moderada - IMC 30-34,9
  • Obesidade severa - IMC 35-39,9
  • Obesidade mórbida - IMC >40

Perímetro abdominal

A avaliação da obesidade através do IMC deve ser complementada com a medição do perímetro abdominal (PA). Este valor relaciona-se com a distribuição abdominal da gordura, mais nociva para a saúde, e alterações a este nível traduzem-se num aumento de doenças, sobretudo cardiovasculares e metabólicas. Estes são os valores normativos:

  • Risco de complicações metabólicas aumentado: Género feminino: ≥ 80 cm | Género masculino: ≥ 94 cm

  • Risco de complicações metabólicas substancialmente aumentado: Género feminino: ≥ 88 cm | Género masculino: ≥ 102 cm

Composição corporal

O diagnóstico de obesidade fica completo com os valores obtidos pela avaliação da composição corporal por um exame chamado bioimpedância elétrica multifrequência. Este exame é amplamente utilizado em consultas de nutrição e nas avaliações nos ginásios. Atualmente, já se encontram até balanças inteligentes para ter em casa e que fazem esta mediação. Através da passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade, é avaliada a composição corporal com base na quantidade aproximada de músculo, osso e gordura.


Quais são as consequências da obesidade para a saúde?

A obesidade é um grande fator de risco para o desenvolvimento de doenças graves, que reduzem a qualidade de vida e aumentam a morbimortalidade, tais como:

  • Doenças cardiovasculares, como, por exemplo, hipertensão arterial e doença coronária isquémica;

  • Doenças metabólicas e endócrinas, como a Diabetes Mellitus tipo 2, síndrome metabólica e dislipidemia;

  • Doenças músculo-esqueléticas, como osteoartrite;

  • Doenças respiratórias, como a dispneia e a apneia do sono;

  • Acidente vascular cerebral (AVC);

  • Infertilidade;

  • Alguns tipos de cancro;

  • Problemas psicológicos.

A maior parte das vezes, são estas patologias que levam o doente obeso a procurar ajuda e não o fator que lhe deu origem (a obesidade). Como consequência, os quadros clínicos são sinalizados já em fase tardia, dificultando o tratamento e a obtenção de resultados. É por isso que as campanhas de informação sobre a obesidade são tão necessárias – uma atitude preventiva, proativa e informada poderia facilmente evitar um grande número de doenças graves e até mesmo mortes.


Qual o tratamento para a obesidade?

Dado que os principais fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade são o sedentarismo e os maus hábitos alimentares, são estes os dois focos de prevenção e intervenção: uma alimentação saudável e um estilo de vida ativo.

Recomendações alimentares

Reduza a quantidade de alimentos às refeições e ingira apenas o necessário para ficar saciado. Além disso, evite a ingestão de açúcar e gorduras nociva, e prefira gorduras saudáveis, como o azeite, frutos oleaginosos e abacate. As hortícolas devem estar sempre presentes nas refeições principais e a fruta nos lanches diários. Poderá obter uma maior sensação de saciedade, consumindo alimentos ricos em proteína.

A melhor forma de garantir que a sua alimentação é equilibrada para o seu organismo e para o seu estilo de vida é recorrer ao acompanhamento de um nutricionista. Deste modo, obterá indicações adequadas para si e para os resultados que pretende atingir. Na verdade, introduzir alterações drásticas na alimentação, sem qualquer tipo de supervisão profissional, pode acarretar riscos para a sua saúde.

Recomendações para atividade física

A Organização Mundial da Saúde recomenda a prática de 300 minutos de atividades leves e moderadas, por semana, e 150 minutos de atividades intensas. O que isto significa? Apesar de qualquer atividade ser bem-vinda para manter o corpo ativo, como caminhar, cuidar do jardim ou limpar a casa, é importante reservar um tempo na sua agenda para praticar exercícios mais especializados, como musculação ou atividades aeróbicas.

Uma das formas mais populares de atingir esse objetivo é frequentar um ginásio ou ter sessões de treino com um Personal Trainer. Contudo, lembre-se que, mesmo após a perda de peso desejada, o exercício é fundamental para a manutenção do peso a longo prazo.


Existem soluções cirúrgicas para a obesidade?

A cirurgia pode ser um importante aliado no tratamento da obesidade. É especialmente relevante quando a doença se apresenta na sua forma mais grave, e com outras patologias associadas. A presença de diabetes, esteatose hepática (fígado gordo), hipertensão, apneia do sono, dislipidemia ou problemas ortopédicos devem ser tidos em consideração nesta decisão.

Assim, quando as tentativas de tratamento baseadas na adoção de um estilo de vida saudável se revelam insuficientes para controlar a perda de peso, a intervenção cirúrgica é colocada como opção terapêutica. O médico especialista poderá recomendar uma de duas opções: a Cirurgia da Obesidade e a Cirurgia por Método Apollo.

Cirurgia da Obesidade

A Cirurgia da Obesidade consiste na redução do estômago para que o paciente possa atingir a saciedade com uma menor quantidade de alimentos. O procedimento é feito por via laparoscópica, ou seja, o médico introduz os instrumentos necessários através de pequenas incisões no abdómen, incluindo uma microcâmara que permite visualizar e orientar a cirurgia.

Esta forma de tratamento é menos invasiva comparativamente às cirurgias tradicionais, o que implica um menor tempo de recuperação para a cicatrização dos cortes (geralmente, entre 2 e 7 dias). O paciente pode continuar a alimentar-se normalmente, para permitir a recuperação do sistema digestivo. Na Joaquim Chaves Saúde, vai encontrar todos os meios tecnológicos e humanos este tratamento.

Intervenção por Método Apollo

A Joaquim Chaves Saúde tem ao seu serviço uma equipa com vasta experiência mundial na intervenção por Método Apollo, liderada pelo Dr. López-Nava. Trata-se de um procedimento endoscópico minimamente invasivo, ou seja, sem cortes nem cicatrizes. Consiste na costura da parede do estômago para reduzir o seu tamanho, permitindo que o paciente se sinta saciado com menores ingestões alimentares.

A intervenção por Método Apollo é realizada sob anestesia e tem uma duração aproximada de 60 minutos. Por ser um dos procedimentos endoscópicos mais seguros e eficazes, o paciente pode receber alta hospitalar no dia seguinte ao procedimento.


Joaquim Chaves Saúde ao seu lado para combater a obesidade

Cuidar da sua saúde é nossa prioridade e, por isso, dispomos dos melhores meios e recursos para combater a obesidade. Poderá contar uma equipa de nutricionistas experientes, preparados para o ajudar, passo a passo, a adotar hábitos de alimentação saudável. Esta especialidade encontra-se disponível no Centro Médico de Moscavide, Clínica Cirúrgica de Carcavelos, Clínica de Entrecampos, Clínica de Faro, Clínica de Miraflores e Clínica de Sintra.

E porque entendemos que a atividade física é um elemento essencial à manutenção do bem-estar e uma forma de evitar a obesidade, alargamos a nossa oferta com o Joaquim Chaves Fitness Restelo. Neste ginásio, é acompanhado a todo o momento e não apenas quando usa as instalações – só assim se alcançam os resultados necessários para melhorar a sua qualidade de vida e o seu bem-estar. Marque já a sua consulta.

Equipa clínica

Temos uma equipa de médicos e profissionais de saúde, especialista em diversas áreas, disponível para lhe dar o acompanhamento de que necessita.

  • Cristina Costa Santos
    Médico
    Cristina Costa Santos
    Especialidade/Serviço
    Endocrinologia
    Principais áreas de diferenciação
    Diabetes
    Unidades de Saúde
    Clínica Cirúrgica de Carcavelos
  • Luís Lopes
    Médico
    Luís Lopes
    Especialidade/Serviço
    Endocrinologia
    Principais áreas de diferenciação
    Patologia benigna da Tiróide, Diabetes e Andrologia, Oncologia endócrina com especial interesse em cancro da tiróide, tumores da hipófise e supra-renal, incluindo formas familiares
    Unidades de Saúde
    Clínica de Miraflores, Centro Médico de Moscavide

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