Ortopantomografia: o que é, para que serve, como é feita

Sabia que a ortopantomografia permite avaliar 39 estruturas anatómicas diferentes em 10 segundos? Descubra tudo.

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Em 10 segundos, permite avaliar 39 estruturas anatómicas diferentes. Descubra o que é a ortopantomografia, para que serve e em que casos é necessária.

A ortopantomografia é um dos exames mais comuns em Medicina Dentária. Permite avaliar, com precisão, a saúde e anatomia da boca dos pacientes e fornece orientações importantes nas intervenções cirúrgicas. Descubra o que é, como é feita e quando é necessária.


Ortopantomografia: o que é?

A ortopantomografia é um tipo de radiografia panorâmica, que permite visualizar, numa só imagem, todas as estruturas anatómicas do terço inferior da face. Dado que a anatomia das mandíbulas e das árcades dentárias é curva, o facto de este exame ser panorâmico, permite uma visualização abrangente e completa da boca. O médico dentista pode, assim, identificar doenças periodontais, alterações da estrutura óssea, possíveis anomalias congénitas, e ainda a presença de dentes inclusos.

Este é um dos exames complementares de diagnóstico mais utilizados em Medicina Dentária. A ortopantomografia é rápida, cómoda, indolor e segura, emitindo níveis mínimos de radiação. A imagem é produzida e arquivada, em formato digital.


Ortopantomografia: para que serve?

A ortopantomografia serve para fazer o diagnóstico de várias patologias dentárias e planear o respetivo tratamento. É frequentemente utilizada para realizar implantes dentários, cirurgias orais, ortodontia (alinhamento dentário) e periodontia (tratamento de doenças de implantação e suporte dos dentes).
Contudo, existem casos mais específicos, em que é necessário obter uma imagem mais detalhada das estruturas dentárias. Alguns exemplos concretos podem incluir:

  • Conhecer, em detalhe, a condição dentária de um paciente (número e posição dos dentes, nível ósseo, entre outros);

  • Identificar redução da densidade óssea, quistos e outras lesões afetas às estruturas observadas;

  • Fazer o diagnóstico de doença periodontal ;

  • Avaliar tratamentos ortodônticos;

  • Identificar dentes do siso;

  • Acompanhar o crescimento dentário em crianças;

  • Planear extrações dentárias, colocação de implantes e cirurgias dentárias;

  • Diagnóstico de tumores benignos ou malignos da cavidade oral


Quais as limitações e os riscos da Ortopantomografia?

O facto de a boca ter um formato curvo e a imagem oferecida pela ortopantomografia ser bidimensional, ou plana, pode fazer com que o resultado não seja conclusivo. Por este motivo, pode vir a necessário realizar uma tomografia computorizada (TAC) ou uma ressonância magnética, para obter informações mais precisas e detalhadas.

Além disso, e tal como acontece com outros exames de imagem, a ortopantomografia apresenta os mesmos riscos inerentes à utilização da radiação ionizante. Contudo, o nível de exposição é mínimo, pelo que é considerado um exame seguro.

No entanto, alguns pacientes podem necessitar de cuidados especiais. Por exemplo, a ortopantomografia pode ser contraindicada para grávidas, ainda que não de forma absoluta. Para que se verifiquem consequências fetais negativas, são necessárias quantidades muito elevadas de radiação. Assim, o risco-benefício deve ser avaliado pelo médico que prescreve o exame, e a ortopantomografia pode ser realizada sempre que o profissional considere que os benefícios superam os riscos.

Quando a ortopantomografia é efetuada em contexto pediátrico, é fundamental tranquilizar a criança, explicando o procedimento em função da sua idade. A colaboração da criança é essencial, para que ela permaneça imóvel durante o exame e, desta forma, obter resultados fidedignos, diagnósticos precisos e para que a experiência, em geral, seja positiva.


Como é feita a Ortopantomografia?

A preparação da ortopantomografia segue os mesmos parâmetros de qualquer outro exame de raio-X. Assim, será pedido ao paciente que remova todos os objetos de metal, que possam interferir na obtenção da imagem, como próteses dentárias, brincos, colares, piercings, adereços de cabelo e óculos.

O paciente pode realizar o exame em pé ou sentado. Deverá morder um pequeno suporte para manter as duas arcadas dentárias separadas e garantir que os dentes não fiquem sobrepostos. Assim, é possível determinar e registar a posição e o tipo de mordida.

De seguida, o paciente deverá manter a cabeça estabilizada, apoiando-a num suporte específico, para evitar movimentos durante o exame. Caso contrário, as imagens que resultam deste exame podem não apresentar qualidade suficiente e a ortopantomografia terá de ser repetida.

Depois de o paciente estar corretamente posicionado, o aparelho roda à volta da cabeça, para produzir uma panorâmica completa da estrutura oral: começa por um lado do maxilar, passa pelo rosto e termina no maxilar do lado oposto. Este processo demora apenas alguns segundos e é indolor. Os resultados surgem no ecrã e o médico poderá, assim, identificar patologias, caso existam, e planear os procedimentos mais apropriados para cada paciente.


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