A ressonância magnética é um dos exames de Imagiologia com maior precisão, que permite diagnosticar várias patologias – desde tumores a lesões ortopédicas. Fique a conhecer como funciona, os cuidados e preparativos a ter, e quando não deve ser efetuada.
O que é a Ressonância Magnética?
A ressonância magnética é um exame que permite visualizar, em alta-definição, os órgãos do interior do corpo humano e das estruturas superficiais musculares, ligamentares e tendinosas. São criadas imagens em três planos: horizontal, vertical e com o corpo dividido em camadas. A ressonância magnética permite, assim, estabelecer um diagnóstico médico mais preciso, já que possibilita a exibição em grande detalhe dos órgãos e tecidos do corpo.
Ao contrário do que acontece com o raio X ou a tomografia axial computadorizada (TAC), a ressonância magnética não emite qualquer radiação ionizante, recorrendo apenas ao poder dos campos eletromagnéticos e das ondas de rádio para obter imagens do corpo humano. É, por isso, segura e não invasiva.
A ressonância magnética pode ser feita com contraste, quando há necessidade de realçar determinadas estruturas do organismo na imagem, por via oral ou intravenosa. Ao contrário do que acontece no contraste da TAC, no caso da RM o contraste não provoca qualquer tipo de sensação ou reação. O contraste administrado é mais tarde eliminado, através da urina.
Exame RM: Para que casos é indicado?
A ressonância magnética é um exame imprescindível para confirmar o diagnóstico de várias doenças, ou ainda para monitorizar a evolução de uma determinada patologia. Estes são os casos mais comuns:
- Deteção de doenças vasculares;
- Diagnóstico de doenças do sistema musculoesquelético;
- Avaliação urológica (rins, bexiga e próstata) e ginecológica (útero, ovários);
- Exames fetais, a partir das 22 semanas de gestação, para deteção de malformações;
- Estudo de doenças oncológicas em diferentes órgãos.
O que acontece durante o exame de Ressonância Magnética?
Durante a ressonância magnética, são obtidas imagens da zona do corpo em causa. Os sons das capturas podem ser incomodativos, mas são normais, pelo que o paciente não sente nada. São entregues auscultadores para reduzir o incómodo e, na Joaquim Chaves Saúde, poderá até escolher o tipo de música que deseja ouvir.
Durante todo o período do exame, é fundamental que o paciente se mantenha completamente imóvel, pois os movimentos do corpo interferem com a ressonância magnética. Alguns pacientes sentem ansiedade por terem de passar algum tempo num espaço apertado e, se for o seu caso, avise o seu médico antes da marcação. Contudo, é entregue ao paciente um manípulo que poderá acionar, em caso de desconforto, e o técnico de Radiologia está atento e em contacto permanente com o paciente, durante todo o exame.
Quais são os preparativos necessários para a Ressonância Magnética?
O paciente deverá trazer, para o exame, a prescrição médica, exames anteriores de diagnóstico, e as análises mais recentes. Antes de entrar para Ressonância Magnética, e dado que o exame cria um forte campo magnético dentro do corpo, o paciente deve remover todos os objetos metálicos, para evitar que estes sejam atraídos pela força magnética, como próteses, óculos, brincos, anéis, ganchos de cabelo ou outros objetos que possua. Deve deixar também toda a sua roupa no vestiário e entrar apenas com a bata que lhe é fornecida.
Existem alguns dispositivos que podem impedir a realização da ressonância magnética, como pacemaker cardíaco, desfibrilador cardíaco, clips de aneurisma cranianos, implante coclear, bomba de infusão de insulina, agrafos cirúrgicos, tatuagens, entre outros. Assim, é fundamental que comunique ao seu médico caso seja portador deste tipo de dispositivos.
O paciente deve estar em jejum há, pelo menos, 6 horas (em alguns casos, pode ser necessário apenas um jejum de 4h), podendo, contudo, beber água, se precisar de tomar medicação habitual. Além disso, é importante que vá à casa de banho imediatamente antes da ressonância magnética, para que não seja necessário interromper o exame. Na Joaquim Chaves Saúde, é fornecida uma preparação, consoante o tipo de exame a realizar.
Quais são as limitações da Ressonância Magnética?
A ressonância magnética apresenta algumas limitações na sua aplicação. Em primeiro lugar, pode ser mais desafiante para os pacientes que sofram de claustrofobia, pelo facto de terem de estar imobilizados durante algum tempo num espaço apertado. Neste caso, o médico poderá prescrever uma sedação leve, para que a situação seja facilmente ultrapassada. Quando não é possível obter a imobilidade desejada (por exemplo, no caso de bebés e crianças), poderá recorrer à anestesia.
Além disso, grávidas só devem submeter-se a uma ressonância magnética após a 12.ª semana de gestação, e as mulheres a amamentar não devem fazer este exame com contraste. Em suma, a ressonância magnética é um exame inócuo, indolor, não invasivo, que permite analisar o interior do corpo humano a um elevado nível de detalhe. É altamente eficiente para diagnosticar algumas das patologias mais graves e orientar o curso terapêutico, caso a caso.