TMS: o que é e para que casos

A TMS é uma técnica avançada que procura dar resposta a patologias que não estão a responder aos tratamentos. Saiba mais.

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TMS (Transcranial Magnetic Stimulation): o que é e em que casos se aplica

Descubra o que é a TMS, o que acontece em cada sessão e em que casos se aplica.

A TMS veio dar resposta a patologias que não respondem aos tratamentos de primeira linha. É o caso da depressão resistente, que persiste mesmo depois de terem sido tentados os antidepressivos e a psicoterapia. Saiba o que é a TMS, quais os benefícios e limitações, e descubra em que casos se aplica.

O que é TMS?

A "Transcranial Magnetic Stimulation" (TMS) é uma técnica não invasiva que utiliza campos magnéticos para ativar regiões específicas do cérebro. O objetivo é estimular áreas do córtex pré-frontal no cérebro com baixa atividade, recorrendo a impulsos magnéticos. Esta técnica é frequentemente utilizada em investigação e tratamento de doenças cerebrais, neurológicas e psiquiátricas, sobretudo as que resistem aos tratamentos convencionais.                 
                 

O que acontece durante uma sessão de TMS?

As sessões de tratamento com TMS consistem na colocação de um dispositivo com uma bobina eletromagnética na cabeça do paciente. O aparelho é utilizado para enviar impulsos que penetram no crânio para atingir a área-alvo.

Num primeiro momento, é avaliado o limiar de cada paciente. São enviados vários impulsos com intensidade crescente até os dedos ou a mão do doente se contraírem, sinal de que foi atingido o limiar. De seguida, são enviados impulsos de intensidade semelhante para o córtex pré-frontal, para estimular as áreas cerebrais consideradas em défice.

Cada impulso faz um som semelhante ao produzido por uma máquina de ressonância magnética. É também possível que o paciente sinta uma leve pressão quando cada impulso é emitido. Por estes motivos, são fornecidos tampões para proteger os ouvidos do som, para que o paciente obtenha maior conforto.

Por ser uma técnica não invasiva, a TMS não requer anestesia, pelo que os pacientes permanecem acordados durante os tratamentos. A primeira sessão pode ser mais demorada do que as seguintes, até 50 minutos, devido às calibrações necessárias. Além disso, o paciente pode retomar as suas atividades normais logo após a sessão.

Quais são os preparativos necessários?

O tratamento TMS não requer cuidados prévios especiais. Antes de iniciar uma sessão de TMS, será apenas pedido ao paciente para remover quaisquer objetos metálicos, de forma a não interferir na corrente eletromagnética.

Para que casos é indicada a Transcranial Magnetic Stimulation?

A TMS foi aprovada pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de 4 patologias, quando os tratamentos padrão não obtiveram resultados.

Depressão resistente
A TMS é frequentemente aplicada em casos de depressão que não respondem adequadamente a tratamentos convencionais, como antidepressivos. Pode ser uma opção para pessoas com depressão resistente.

Depressão grave
Além da depressão resistente ao tratamento, a TMS pode ser uma opção de tratamento para pacientes com perturbação depressiva grave, que não obtiveram alívio suficiente com outros métodos.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
A maior parte dos pacientes com TOC obterão alívio sintomático através da psicoterapia e medicação (ou uma combinação dos dois). Contudo, a TMS pode ajudar os doentes que não obtiveram resultados terapêuticos, ou que obtiveram apenas uma pequena redução dos sintomas.

Enxaquecas
A TMS foi também aprovada para tratar enxaquecas, uma doença neurológica bastante comum e incapacitante. É uma alternativa terapêutica à medicação prescrita e a outras terapias, especialmente quando não ajudaram a reduzir o número ou a gravidade dos episódios de enxaqueca.

Cessação tabágica
A TMS permite estimular os neurónios nas estruturas cerebrais associadas à dependência, estando por isso indicada para casos resistentes de cessação tabágica.

Além destas patologias, a TMS está ainda sob investigação para outras utilizações potenciais, incluindo esquizofrenia e epilepsia.

Quais as limitações da TMS?

A TMS é considerada segura e bem tolerada. Por ser uma forma não invasiva de estimulação cerebral, não requer cirurgia nem a implantação de elétrodos. Além disso, ao contrário da terapia electroconvulsiva, não provoca convulsões nem perda de memória. Contudo, como acontece com qualquer outro tratamento, a TMS pode causar alguns efeitos secundários, que podem incluir:

  • Desconforto e dor no couro cabeludo.
  • Dor de cabeça.
  • Sensação de formigueiro.
  • Contrações musculares.

Ainda assim, estes sintomas são geralmente ligeiros a moderados, melhoram pouco tempo depois da sessão e diminuem ao longo do tempo com mais sessões. O técnico também poderá ajustar a intensidade da estimulação para reduzir os sintomas.

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TMS: dúvidas frequentes

Damos resposta às perguntas mais frequentes sobre TMS.

  • Posso continuar a tomar a minha medicação habitual enquanto estou a receber tratamento por TMS?

  • Se eu melhorar com a TMS, vou precisar de fazer esse tratamento para sempre?

  • Estou a tomar antidepressivos e sinto-me melhor, embora ainda não me sinta completamente bem. A TMS é para mim?

  • Há certeza de que vou melhorar?

  • A TMS é terapia com choques elétricos?

  • Posso conduzir depois de uma sessão de TMS?

  • A TMS é dolorosa?

  • A TMS pode provocar dores de cabeça?

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